sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O caso da blogoterapia

Eu tenho blog por um monte de razões: para dar notícia para quem está longe; para registrar o que aconteceu e poder ler depois; para escrever, que eu gosto muito; para fazer amigas (efeito inesperado e muito bem-vindo).

Além disso, o blog me ajuda a organizar as ideias. Quando boto meus sentimentos e decisões em palavras, entendo melhor de onde vieram e pra onde vão. Às vezes tenho insights no meio de posts. E os comentários ótimos e inspirados? Blog é praticamente uma terapia, gente!

O que é muito útil neste momento, em que estou me sentindo perdidinha. Acho que já fiz o luto pelo fim do sabático (em Paris! Tomando vinho nacional!); agora falta organizar o que aprendi sobre o mundo e sobre mim mesma, e o quero para o amanhã.

As únicas certezas que eu tenho é que continuo gostando do Leo, dos livros e de chocolate.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

De volta! (ao blog e ao Brasil)

Depois de mais de dois anos viajando alegremente pelo mundo, achei que estava bom. Já o Leo, se ganhasse na loteria, continuava pelo resto da vida. Mas ele concordou que eu não estava curtindo tanto e decidimos retornar.

O difícil, claro, foi assumir para mim mesma que já tinha dado. Porque foi todo um longo e trabalhoso processo tirar o sabático, né? Além disso, eu acreditei mesmo que tinha encontrado a receita da felicidade: viajar por aí, sem ter rotina ou obrigações, conhecendo lugares lindos, com todo tempo do mundo.

E foi maravilhoso - até que deixou de ser. E eu não sei muito bem explicar o porquê. Só sei que fiquei cansada. Chegou uma hora que eu não dava conta de processar mais uma paisagem, mais uma igreja, mais um museu. E viajar, que sempre tinha sido um prazer, uma alegria, uma renovação, passou a ser uma obrigação.

Só sei que, quando decidimos voltar, senti alívio e alegria.

* * *

A primeira ideia era voltar para Brasília e pro trabalho. Mas eu, que não sou boba nada, sei que a chance de conseguir outra licença é, no mínimo, remota. Então decidimos ficar um tempo na casa de nossos pais, em BH, e sentir o drama. A licença termina em 31 de dezembro deste ano; quem sabe 2015 não é o ano de passear pelas Américas?  

* * *

Eu podia ter inventado umas desculpas e dizer que estava voltando porque o euro subiu, porque o dinheiro acabou, porque o Leo não podia ficar mais na Europa. Mas, né? Sinceridade: trabalhamos. (Ou pelo menos tentamos.)