domingo, 27 de setembro de 2015

Montar a casa, um processo divertido... e longo

Da outra vez que nos mudamos para Brasília, gastamos dez dias para fechar o contrato de aluguel. Dessa vez, gastamos dois. É que dessa vez a gente já conhecia a cidade, tinha a manhã e assediou os proprietário do apartamento sem dó.

Só que, naquela ocasião, recebemos a mudança rapidinho e os acertos no apartamento foram poucos: praticamente só instalar telas mosquiteiro. Agora... digamos que estamos aqui há mais de três semanas e as coisas estão se acertando, mas devagar.

Várias providências já foram tomadas, mas falta instalar os armários da cozinha e do banheiro. E dar um jeito na infiltração no teto da cozinha que apareceu ontem. E vir alguém para fazer uma boa faxina.

Nada disso depende da gente. O que podíamos fazer (limpar a casa, apertar parafusos das janelas, instalar internet, lustrar a porta, tirar pingos de tinta, colocar telas, substituir móveis), nós fizemos. Estou feliz de já ter comprado cama, mesa e sofá confortáveis. O plano inicial era fazer isso só depois que tudo na casa estivesse acertado. Ainda bem que mudamos de ideia.

Mas ainda nos resta uma quantidade razoável de decisões a tomar. Depois que os armários estiverem prontos, vamos trazer o que ficou em Belo Horizonte. Aí conseguiremos avaliar se precisaremos de mais espaço de armazenagem, e quanto. Temos bem pouca coisa, mas o apartamento tem menos armário ainda.

domingo, 20 de setembro de 2015

Diários de Brasília, setembro

Pegamos uns dias loucamente quentes em Brasília. A boa notícia é que a partir daqui só melhora. E que instalamos telas mosquiteiros em várias janelas, então tem ventinho bom refrescando a casa

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Eu e o transporte público: uma beleza. O ponto é pertinho de casa. O ônibus para na frente do trabalho. Gasto 18 minutos para ir e 10 para voltar (porque na ida ele passa pela Esplanada toda, e na volta ele cai direto na Asa).

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Aguarrás, sabão de coco e cera líquida são meus novos melhores amigos. Nunca limpei, lavei e esfreguei tanto. E com alegria, o que é uma grande mudança para quem sempre detestou serviço doméstico.

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No trabalho: fazendo um monte de coisas diferentes, fora da zona de conforto, e me esforçando para experimentar de boa vontade antes de sentenciar que não gosto, não quero e não rola.

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Muito ocupada com o presente para pensar no futuro.

domingo, 13 de setembro de 2015

O discurso e a prática (da simplicidade)

Voltei do sabático decidida a continuar vivendo com menos. Menos posses, menos despesas. Menos manutenção, menos preocupação. Mais tempo, mais tranquilidade.

E rolou um choque de realidade, confesso. Continuo achando que não ter carro é uma boa, mas não é a melhor coisa do mundo quando você acaba de chegar a uma cidade e tem de visitar apartamentos para alugar, comprar mobília, botar chip no telefone, ir trabalhar. Tudo isso num calor de 35 graus e num sol de matar. E olha que uma amiga não só nos hospedou quanto nos emprestou o carro dela um montão de vezes.

Ainda assim, tivemos nossos desentendimentos com ônibus que demoravam muito a passar (depois de 50 minutos, desistimos de esperar) e com um circular cujo motorista esqueceu de mudar a direção no painel (e eu fui pro lado errado, claro). Acabamos pegando táxi algumas vezes, o que já era parte do plano, mas ficamos um pouco frustrados, porque queríamos mesmo usar o transporte público.

E aí veio o apartamento. Queríamos um apê menor do que o que tínhamos antes, com um aluguel mais baixo, com o condomínio idem. Obviamente, isso significa menos espaço, menos luxo e prédios mais simples. Visitamos apartamentos nos quais não cabia uma cama de casal no quarto (juro!), ou então só encostada na parede e debaixo da janela. E tem as cozinhas e banheiros antigões, reformados nos anos 80 e - tcharam! - sem janela. E as eternas "dependências completas de empregada", que são medonhas - e inúteis. Se eu contratar uma faxineira, ela vai usar o banheiro da casa, uai.

Demos a sorte (e o esforço - foram semanas nos sites de apartamentos, gente) de encontrar algo dentro das nossas especificações, do nosso orçamento E que não fosse medonho. O prédio não tem porteiro, nem elevador. Seus corredores bem que mereciam mais uma camada de tinta. Mas o apartamento está todo reformado, tem luz natural em todos os cômodos (pois é, isso não é regra em Brasília) e veio mobiliado: cozinha montada, cama, sofá, tevê. E fica numa quadra ótima.

Vou falar a verdade, com a mão no coração: durante o processo, teve hora que deu vontade de chutar o balde e ir visitar apartamentos lindos e caros. E entrar numa concessionária e comprar um carro (usado, claro). Mas respirei fundo e continuei com o plano. Não dá pra mudar de ideia diante dos primeiros obstáculos. Lidar com as frustrações, isso é ser adulto, né.

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E não acho que simplicidade tenha que ser sinônimo de desconforto. Os móveis do apartamento, por exemplo. Seriam bons para uma temporada curta. No entanto, já que eu vou ficar muito tempo aqui, quero, sim, ficar bem-acomodada. Já basta ter de trabalhar todo dia (o que é assunto para outro post). Então vamos comprar uma cama excelente (já compramos, aliás). E um sofá maior e mais macio. E uma mesa grande, boa para estudar. E cadeiras mais ergonômicas.

Em resumo: tudo em equilíbrio. Apartamento pequeno, sim. E arrumado E gostoso de morar E pronto para receber os amigos (pufes ou tamboretes empilháveis?).

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O sonho do apartamento mobiliado: virou realidade!

No final deu tudo certo: fiz marcação cerrada no dono do apartamento reformado e mobiliado no qual estávamos interessados. Conhecemos o apartamento na quinta-feira. Na sexta, assinamos o contrato.

Primeira alegria: não ter de lidar com as imobiliárias enrolonas. Segunda alegria: nada de fiador, só caução. Terceira alegria: na sexta-feira mesmo nos mudamos para lá.

Aí as alegrias deram uma pausa. Pra começar, o dono queria instalar armários, pintar e faxinar antes de entregar ao locatário, mas a gente insistiu para se mudar de uma vez. Então o apartamento estava beeem sujo (quem conhece a poeira vermelha de Brasília vai me entender) quando chegamos. Fizemos uma limpeza (o apê tinha vassoura, rodo, balde e pano de chão), mas confesso que não é a nossa especialidade.

Para continuar, não desfizemos as bagagens. Um armário vai ser instalado e o outro precisa de pintura, e isso vai ser feito esta semana. Enquanto isso, as roupas ficam nas malas e as malas ficam no chão. Isso é bem chato.

Para completar, nos últimos dias fez um calor insuportável. Desses que nem abrir todas as janelas resolve (e olha que o apê tem um tantão de janelas, de um lado a outra da parede). Desses que você sai do banho e começa a suar. Desses que nos sentimos obrigados a pegar um táxi, ir ao Conjunto Nacional e comprar um climatizador (que estava em promoção, para minha grande alegria. Pagou o táxi e ainda sobrou).

Então ainda não posso dizer que estamos instalados. Faltam os armários, a pintura, a faxina profissional. Falta desfazer as malas. Falta receber a mini-mudança de BH (aquelas poucas caixas que ficaram na casa dos meus pais). Falta botar nossos porta-retratos na estante.

Mas olha, é coisa rápida. Mais uma semana ou duas, e vai estar tudo bem.

A sala. Adoro: os tijolinhos na parede. Detesto: os fios aparentes.
Vai mudar: a mobília. Aguardem.