domingo, 27 de dezembro de 2015

Dar e receber. Ou não.

Segundo pesquisas científicas, o ser humano tem a tendência a retribuir quando ganha alguma coisa. É por isso que às vezes cartas pedindo doações vêm com presentinhos, como etiquetas personalizadas autocolantes. A tese é que, tendo recebido um item, o destinatário vai automaticamente querer dar algo de volta.

(É claro que essa tendência tem limites. Eu, por exemplo, recebia correspondências da TFP - "Tradição, Família e Propriedade" - mineira solicitando dinheiro para combater o comunismo e a homossexualidade da nossa juventude. Os rosários e as gravuras de santos gratuitos não me convenceram a contribuir para o movimento.)

Essa introdução toda é para dizer que, mesmo eu e o Leo tendo combinado com a família que não trocaríamos presentes (fora do amigo oculto), nós ganhamos presentes. E, apesar de ninguém poder reclamar que não ganhou de volta - era o combinado! -, fica aquela vontadezinha de retribuir.

E é claro que vamos retribuir. Só que não vai ser com presente-obrigatório-comprado-no-shopping-para-o-dia-25-de-dezembro. A gente prefere presente-que-é-a-cara-da-pessoa-em-data-aleatória. Ou estar-presente-nos-momentos-importantes. Porque a ideia do presente é mostrar que o presenteador gosta de você e te acha importante, não? Pois é, tem muitas maneiras de fazer isso.

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