domingo, 31 de janeiro de 2016

Dever cumprido

Hoje eu e Leo fizemos o concurso para Oficial de Chancelaria. Foi uma maratona: quatro horas de manhã e quatro horas de tarde, um monte de questões objetivas e outro tanto de discursivas em português e inglês.

Fizemos o melhor que pudemos. Saímos cedo de casa, chegamos adiantados, levamos água e vários lanchinhos, usamos roupas confortáveis. Demos o sangue na prova.

E eu sofri.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Acaba, 2015!

Já perdi a paciência. Só quero que o domingo chegue, que eu faça a prova o melhor que eu conseguir e fique livre desse concurso, da obrigação de estudar todo dia e da necessidade de deixar tudo para fevereiro.

Doidinha pro meu 2016 começar.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O melhor truque de beleza de todos os tempos

Semana passada uma colega de trabalho bateu na porta da minha sala uma emergência (nas palavras dela mesma). Ela tinha saído de casa correndo, sem maquiagem, e estava precisando de pó, base, batom, qualquer coisa - qualquer produto que uniformizasse a pele e colorisse os lábios e a deixasse mais bonita.

Olha, eu entendo. Entendo mesmo. Inclusive emprestei batom. Mas o que eu devia ter feito era ter contado pra ela o melhor truque de beleza de todos os tempos:

Nunca fique a menos de dois palmos do espelho.


Porque, na prática, quase ninguém fica mais perto de você do que isso. Ninguém fica prestando atenção nos seus poros, sardas, vermelhinhos, o que for. ( Ninguém fica mais perto de você do que isso, a não ser que a pessoa esteja te beijando - e aí ela também não vai estar prestando atenção nisso, né. Supõe-se que ela esteja de olhos fechados, inclusive.)

domingo, 24 de janeiro de 2016

Reta final

Estou me sentindo melhor do resfriado e conseguindo cumprir direitinho o cronograma de estudos desde sexta-feira. Se tudo der certo, vou estudar quase tantas horas nos últimos dez dias quanto estudei em todo o período anterior.

Ainda não decidi se isso é uma boa ou uma má notícia.

* * *

Já estudei para um monte de concursos nesta vida. Uma vez, um tempo depois que eu tinha sido aprovada para o cargo que ocupo hoje - mas continuava estudando meia-bocamente para uns outros -, minha irmã mais velha me deu uma excelente sugestão: "pega firme ou então larga mão".

Larguei mão, alegremente.

Mas é um troço meio viciante. A questão é que sempre tem uma vaga que parece melhor que a sua. E não necessariamente por causa de um salário maior. A atração pode ser a atividade, o ambiente, a possibilidade de morar em outras cidades.

Ou outros países.

* * *

No fim das contas, se estamos falando de maus hábitos, estudar pra concursos aleatórios não é dos piores. Não é o mais barato dos passatempos, mas pelo menos não incomoda os vizinhos.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Free at last!

... e gripadésima, espirrando loucamente, toda congestionada, com a cabeça doendo e sem conseguir nem descansar direito, porque é botar a cabeça na horizontal para os olhos encherem d'água e o nariz idem.

Uma colega de pós diria que Jesus não quer essa aprovação na minha vida.

Ainda bem que eu não sou religiosa.

Mas acho que tô precisando benzer, viu.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Contagem regressiva

Hoje foi meu penúltimo dia substituindo a chefe que está de férias. Mal posso esperar para o expediente acabar amanhã e eu sair da sala exclamando: "Free at last! Free at last!"

Sempre gostei dos trabalhos que tive: de uns mais, de outros menos, mas sempre levei numa boa. Dessa vez eu pude experimentar como é a situação de quem acaba fazendo o que não tem rigorosamente nada a ver com sua personalidade. Eu achava que, com esforço e boa-vontade, tudo era possível. Descobri que não é beeeeem assim, não.

Em fevereiro (início de 2016, vocês sabem), vou tentar abocanhar os projetos e atividades do setor que têm começo, meio e fim e que eu possa fazer sozinha, sem depender (muito) dos outros. Acho que não vai ser difícil, porque são justamente as coisas que ninguém quer. Aparentemente, a maior parte das pessoas gosta de compartilhar tarefas, de fazer atendimento, de um dia a dia dinâmico e surpreendente.

Eu não.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Atualização: como cometer um assassinato e sair impune

Comecei a assistir a How to Get Away with Murder ontem e já estou no sétimo capítulo.

Pergunta 1) Como é que as pessoas viviam antes da internet? Quando elas seguiam um seriado, tinham de se contentar com um episódio por semana? Pobrezinhas.

Pergunta 2) Grey's Anatomy está para a medicina assim como How to Get Away with Murder está para o direito? Isto é, é uma versão altamente romantizada e vagamente improvável do que de fato acontece em um hospital/tribunal? Porque de saúde eu não saco nada, mas de direito eu entendo mais, e mesmo sendo o sistema americano, que é bem diferente, tem umas cenas claramente inverossímeis.

Pergunta 3) Será que eu devia gostar mais dos personagens? Fora a Annalise Keating, a personagem principal, e o Connor, um dos estudantes de direito que estagiam no escritório dela, achei todo mundo insípido. Isso quando não são francamente desagradáveis, como o marido da Annalise e a tal da Rebeca, representada por uma das atrizes mais inexpressivas dos últimos tempos.

Pergunta 4) Eu não deveria estar estudando?

Pergunta 5) Estou gostando do seriado, apesar dos poréns? Pra essa pergunta eu tenho a resposta, pras outras não: siiiim!

* * *
Atualização em 21/1: pronto, terminei a primeira temporada! Não se preocupem, são só 15 capitulinhos.

Os personagens ficam mais legais do meio pra frente da temporada. Acho que é porque o roteiro começa a mostrar mais detalhes da vida e da personalidade de cada um. Só o Sam e a Rebecca que eu continuo achando chatonildos.

Aprovei muitíssimo o seriado e recomendo.

Já tem a segunda temporada aí no mundo, mas está no meio e agora eu estou mal-acostumada: só quero ver depois que todos os capítulos estiverem disponíveis, uai.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Quarentona

Este ano eu faço 40. Estou muito empolgada. Como eu já escrevi aqui, estou esperando ansiosamente pela minha crise de meia-idade, sendo que por "crise" entendam aquele momento da vida em que se faz um grande balanço e corrige a rota, se necessário for.

Não sei como uma pessoa deve se sentir aos 40, mas eu não me sinto com 40. Fiquei muito tempo na faculdade e comecei a trabalhar tarde, então não estou farta da minha carreira (e muito menos no ápice dela). Decidi não ter filhos, então não dá para marcar a passagem do tempo pelo crescimento das crianças. E moro longe da família, então também não tem como comparar com os primos de idade parecida.

Só sei que meu aniversário é em abril e que bom mesmo é passar viajando.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

TGIF

Hoje eu fiquei muito irritada com várias coisas bobas que normalmente não me afetariam. Como o ônibus demorar 20 minutos pra passar (é janeiro e o transporte público diminuiu); o motorista fechar a porta em cima de mim enquanto eu descia (guinchei e ele abriu de novo, mas aí eu já tinha tomado a pancada); a portaria principal do trabalho estar fechada e eu ter de dar uma volta enorme (sério, são uns dez minutos a mais de caminhada, escada, caminhada, rampa, elevador); o elevador próximo à entrada secundária não estar funcionando e eu ter de andar mais um tanto para pegar outro. Sabe quando parece que nada dá certo? E isso tudo antes das 8 da manhã.

Geralmente eu estou escutando música ou lendo (sim, desenvolvi toda uma tecnologia para ler e caminhar ao mesmo tempo. Mas não atravessando a rua, gente) e não me importo com esses pequenos inconvenientes do dia a dia. O que quer dizer que o trabalho, nos últimos tempos (desde a última semana de dezembro), com suas crises e dificuldades, de fato está me estressando.

Thank god it's Friday (ainda bem que é sexta-feira).


quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Consolo

O que me consola é que nesta vida é tudo passageiro (menos motorista e cobrador).

* * *

Leo foi fazer exame de sangue para tomar posse. Espero que ele tire notas altas.

* * *

Descobri que sou sistemática. Volta e meia os colegas pedem para que eu mude o horário de trabalho (chegando e saindo mais tarde, por exemplo), pelas mais variadas razões, e eu digo que sim de cara boa para contribuir para o clima geral de boa-vontade, mas na verdade detesto e a cara boa é fingida.

* * *

Andei me estranhando com os chocolates do mercado, e aí achei um que eu tolero: o de Ovomaltine. Tem mais gosto de Ovomaltine do que de chocolate. Deve ser por isso.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Vida e morte

Eu penso muito na vida. Às vezes, na morte. Ela não me assusta - talvez porque eu seja jovem e saudável, né.

Na minha cabeça, não há vida depois da morte. Há apenas um longo e profundo sono. E, como eu gosto de dormir, não só não me assusto como acho que vai ser bacana.


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Ludmimimila

Ando num mimimi danado a respeito dos estudos, da prova, do trabalho, das férias que não me deram, da chefia a que me obrigaram - enfim, numa reclamação sem fim sobre como o mundo devia ser e do absurdo que é o fato de o mundo não ser como eu acho que devia ser.

Aí li este livro aqui. A ficha caiu.

Deixa eu usar o tempo que eu reclamo de como não tenho tempo para estudar para, efetivamente, estudar.


domingo, 10 de janeiro de 2016

Não quero ser essa pessoa

Às vezes a gente tem a impressão que outras pessoas, agindo de maneira egoísta, estão levando a melhor. Pode ser o colega de trabalho que faz corpo mole - e com isso sobra trabalho para os mais dispostos, ou o companheiro de evento que puxa o carro na hora de arrumar a bagunça.

Aí a gente se irrita com o fato de que os justos pagam pelos pecadores e dá até uma vontadezinha de se comportar assim também. Pelo menos em mim dá, não vou negar.

Mas, nessas horas, eu penso: "Não quero ser essa pessoa. Não quero ser essa pessoa que não tem compromisso com o emprego. Não quero ser essa pessoa que se aproveita dos amigos. Não quero ser essa pessoa que só pensa no próprio umbigo."

De repente "essa pessoa" que não tem horário pra chegar ao trabalho e não se importa que os outros fiquem sobrecarregados é feliz - até mais feliz que eu. Mas, depois de pensar sobre o assunto, cheguei à conclusão que a felicidade não é objetivo maior da minha vida. É um deles, e dos mais importantes, mas não pode se sobrepor a tudo.

É claro que tenho um monte de defeitos e de vez em quando dou minhas mancadas. Mas tento muito não ser essa pessoa.

sábado, 9 de janeiro de 2016

A verdade dos fatos

Estou detestando estudar. Já arrastei os pés antes, em outros períodos de estudos, mas tinha concluído que isso acontecia porque eu não queria realmente aquele cargo. Hoje eu não tenho essa desculpa.

* * *

Os dias que consigo estudar três horas líquidas são dias de grande vitória. E raros.

* * *

Li em algum lugar que, após 150 horas de estudo, a coisa engrena e o sofrimento vira alegria, ou pelo menos rotina. Estou mais ou menos na hora 50.

* * *

Meu método favorito de procrastinar é ler livros que ensinam a não procrastinar.

* * *

O bicho está pegando no trabalho e, claro, no futuro esta vai ser minha versão dos fatos: "foi impossível estudar naquela época!".

Mas que eu tenho direito a muitos dias de férias e a uma licença-capacitação, que eu implorei para tirar e não me deram, isso é verdade.

* * *

Aposto dinheiro alto que, imediatamente após a prova de 31 de janeiro, vou sentir um grande amor pelos estudos. Vai durar umas semanas.

* * *

Falando em semanas, faltam só duas (para a chefe voltar das férias e eu passar a faixa) e só três (para o concurso). Será um período de muitas aventuras.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Workaholic, shopaholic

Finalmente consegui entender o que leva certas pessoas a se tornarem viciadas em trabalho. Acho que é uma mistura de poder para tomar decisões, pressão para apresentar resultados, dificuldade em delegar e aquela sensação que só você consegue fazer o que deve ser feito da maneira como deve ser feito.

Sim, estou substituindo a chefe no trabalho. A experiência está sendo basicamente aterrorizante.

* * *

Também consegui entender a vontade de gastar dinheiro para se sentir melhor. É uma maneira fácil e rápida de se recompensar pela ralação e pelo cansaço. Infeliz ou felizmente, estou há tanto tempo sem consumir por diversão que não consegui imaginar uma aquisição que me deixasse feliz.

Talvez eu não tenha conseguido pensar em nada porque faz bem tempo que não vejo tevê, não leio revistas e convivo pouco com gente consumista. Navego muito na internet, mas ignoro a publicidade e foco no conteúdo. E evito blogs que incentivam o consumo.

Então, basicamente, não tem ninguém me dizendo o que é que eu devo "querer".

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Exercício relutante de gratidão

Acho barango, gente, mas funciona. Gosto mesmo é de ser sarcástica e blasé, usar preto e ficar olhando pro infinito em silêncio (talvez com The Smiths ao fundo), mas o que melhora meu humor é fazer lista de razões para ser grata, ambicionar o que já tenho e ser amiga dos amigos.

Tudo barango, mas utilíssimo.

* * *

1) Sou grata por ter o Leo em minha vida
2) Sou grata por morar em uma cidade linda
3) Sou grata por ter um emprego apenas razoavelmente detestável (e que paga bem)
4) Sou grata por ser saudável
5) Sou grata pela existência dos leitores digitais e dos livros eletrônicos
6) Sou grata por estar sempre mudando e (quero acreditar) evoluindo
7) Sou grata por ser baranga, mas feliz.

* * *

Falando em amigos, no sábado eu conheci a Lu Monte, do Dia de Folga. Que ela é muito legal eu já sabia, por causa do blog. O que eu não sabia é que ela tem os olhos mais lindos do mundo. Fiquei sem graça de falar na hora, né, mas fica o registro.

* * *

Quero alterar o número 3 da lista. Na verdade, meu trabalho é legal. Só de vez em quando é que ele fica razoavelmente detestável.

Não preciso dizer que hoje foi um desses dias.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Enquanto isso, no trabalho...

Uma das coisas que me deixa louca no meu trabalho novo é o tanto que as pessoas falam. É exatamente, imagino, como um call center. Em outras palavras, filial do inferno.

As pessoas são legais. A reclamação não é essa. A reclamação é que as funções são compartilhadas, que o telefone é instrumento de trabalho, que todo mundo tem de estar sempre se comunicando um com uns outros. E que, além disso, os colegas gostam muitíssimo de conversar.

A pior hora é depois do almoço. Eu já estou lá, concentrada, tentando resolver o pepino do momento, e chega a galera, tagarelando loucamente, por uma boa meia hora. (Talvez seja menos, mas quando a gente está em um ambiente hostil o tempo se arrasta.)

Flash back para o primeiro grau (ok, quem estamos tentando enganar? Flash back para o primeiro grau, para o segundo grau, para a faculdade, para a pós-graduação), quando todo mundo queria bater papo e eu queria silêncio para estudar.

Minha conclusão? É que a errada sou eu, obviamente. A falação do povo não atrapalha a produtividade deles, atrapalha a minha.

Solução nº 1: pedir para mudar para um setor onde os funcionários precisem de foco e gostem do silêncio. Sim, eu pedi. Não, não vão deixar.

Solução nº 2: desistir de me concentrar depois do almoço. Reservar a meia hora infernal pra trocar ideia e bater papo. Quem sabe funciona?


domingo, 3 de janeiro de 2016

Ler e escrever

Eu leio muito. Muito mesmo. O amor que algumas pessoas têm por seriados, por filmes, por academia, eu sinto por livros.

De 2013 até hoje eu li 751 livros. Sim, eu tenho uma lista, e ela começou no meio de 2013. Não, eu não me lembro de cada palavra de cada um deles. Sim, no sabático eu tinha mais tempo pra ler do que tenho hoje. Sim, na verdade eu li mais do que isso porque às vezes esqueço da anotar um livro na lista.

* * *

Eu tenho muito medo de realizar sonhos. Lido muito melhor com aquilo que considero de menor importância. Deve ser por isso que estou tendo esse bloqueio todo em estudar pra Ofchan. (É isso ou preguiça. Escolham.)

Os livros de motivação dizem que o primeiro passo é visualizar a vida que a gente deseja. Quando começo a criar um cenário em que uma das minhas principais ocupações seja escrever, eu travo. Frio na barriga à décima potência. Sério, não consigo nem imaginar.

Então, não imaginemos, escrevamos.

* * *

Resolução de 2016: escrever muito. Muito. Muito.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Evitar a fadiga

Ultimamente eu tenho seguido este lema: evitar a fadiga. Se um trem é muito complicado, muito enrolado, se tá na cara que vai dar dor de cabeça, eu evito. Exemplo: comprar apartamento na planta. Exemplo: passar o ano novo na praia com uma turma. Exemplo: entrar no grupo de Whatsapp dos colegas de trabalho.

E tem dado certo. O problema é que, tecnicamente, tudo nessa vida tem potencial pra dar dor de cabeça. Se for pra seguir o lema ao pé da letra, dali a pouco não se faz mais nada além de trabalhar e escovar os dentes.

Então o negócio é evitar a fadiga, menos quando as potenciais complicações e dores de cabeça valerem a pena.