domingo, 30 de abril de 2017

Aniversário!

Hoje faço 41 anos. É um número primo bem lindo.

Sabe quando a gente é criança e pensa no futuro? Eu me imaginava com 27 anos e até com 30 e poucos, mas nunca cheguei à década dos 40. Meus pais tinham 40, puxa. Era uma idade decrépita.

Pois agora tenho 41 e (óbvio) não me sinto nem um pouco decrépita. Aliás, daqui a pouco começo uma nova carreira. Vou apresentar documentos e exames médicos (tudo certo com a saúde, por sinal) semana que vem. O próximo passo é a nomeação.

Estou feliz e ansiosa.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Como fazer amigos e influenciar pessoas

Sou meio fraca para fazer amizades. Deve ser porque passei minha infância com o nariz enfiado em livros, então não desenvolvi habilidades sociais. Acho que até me saio bem quando sou apresentada a alguém, principalmente se temos interesses em comum, mas tenho dificuldade para desenvolver. Trocar contatos? Combinar programas? Construir um relacionamento? Aí lascou.

Geralmente não ligo muito para isso, mas logo vou mudar de emprego e encontrar uma turma nova. Pelo que vejo nos encontros em barzinho e papos no Whatsapp, são todos muito legais. Resultado: estou ansiosa para que gostem de mim.

O problema é que, além de não saber direito como transformar conhecidos em amigos, eu sou meio chata. Não consigo evitar a revirada os olhos quando escuto uma bobagem (e considero bobagem uma série de coisas). As pessoas têm medo de jogar Imagem & Ação comigo porque faço caretas de indignação quando ninguém acerta a mímica. E também sou convencida: gosto de falar dos cursos que fiz, das línguas que falo, dos países que conheço (viram? Viram? É fogo).

O jeito é tentar pensar menos no meu umbigo e me interessar mais pelo umbigo dos outros, né? E confiar que trabalhar no mesmo local vai deixar todo mundo em contato constante. Quem sabe com o tempo consigo convencer os colegas de que eu sou chata, mas tenho bom coração.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Ei, mãe, quero uma bike ergométrica

(Cantar no ritmo de Terra de Gigantes, do Engenheiros do Havaí. Na letra original eles queriam uma guitarra elétrica, mas salvou-se a rima, e é isso que importa.)

Faz uns dias que comprei uma bicicleta ergométrica. Eu sei, aparelhos de ginástica doméstica são onde os sonhos de boa forma vão para morrer, mas a minha experiência é boa. Há muitos anos, quando eu ainda morava com meus pais, minha mãe comprou uma bicicleta ergométrica, e no fim das contas eu era a única pessoa que usava. Quando saí de casa para casar, eu e o Leo também tínhamos uma. Quando viemos para Brasília, a deixamos para trás, e aqui a gente se exercitava caminhando pelas superquadras.

O problema é que a cidade a cidade é muito, muito quente. Tem dias que o cristão não tem ânimo de sair de casa. Aí a solução é pedalar na bicicletinha, com o circulador de ar de um lado, a garrafinha de água gelada do outro, e um livro ou um filme na frente.

É verdade que eu pedalo no peso um (não tem peso zero). É verdade que eu me canso rápido. Mas quando estou instalada na bicicleta, não estou comendo nem dormindo, e é isso que importa.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Meu rico dinheirinho

Ando toda trabalhada no desapego e no minimalismo, mas estou bem longe de ser uma pessoa zen. Hoje estou danada da vida porque comprei uma passagem de avião, precisei remarcar, e no fim das contas não vou poder viajar. Além de perder a grana da remarcação, a passagem original dava 60% de reembolso, e a remarcada não dá absolutamente nada. Ou seja, um monte de dinheirinhos ralo abaixo. 

Tudo bem que eu controlo as finanças justamente para isso. O baque no orçamento é pequeno; o valor não vai me fazer falta. Mas, mesmo assim, acho difícil não resmungar. Até porque faz um ano que eu não arredo pé de Brasília, e justamente quando decido passar UM dia útil fora daqui, é exatamente o dia útil em que tenho de estar presente. 

Sem falar que, quando a gente faz aquele esforço para economizar uns reais aqui e outros ali, e aí vem uma pancada dessas de uma vez, dá um desânimo, viu. 

Estou aqui tentando me consolar calculando quanto vou deixar de gastar por não viajar.

sábado, 15 de abril de 2017

Notícias do front

Animadíssima porque saiu a autorização do Ministério do Planejamento para nos nomearem. Agora só falta o Itamaraty chamar. Estou aguardando ansiosamente.

Detalhe que hoje completa um ano do último dia do curso de formação. Juntamos uma turma para comemorar o evento antes de ontem e por sorte saiu a notícia que o ministro tinha assinado a autorização. Yay!

* * *

Está faltando água em Brasília: a cada 6 dias, ficamos um dia sem. Mas as obras para reativar o reservatório do prédio já começaram, e talvez passemos só mais uma semana com água estocada na banheira.

E depois as pessoas dizem: "nossa, mas você pode acabar trabalhando em cidades precárias, não?". Já trabalho: tá faltando água em Brasília, gente!

* * *

Mandamos lavar o sofá e trocamos os estofados das cadeiras, que descascaram com o calor e a secura da cidade. Botei tecido dessa vez, para não correr o mesmo risco. O vendedor jura que vai durar pelo menos cinco anos.

Pelo menos dessa vez fiquei satisfeita com os serviços. Nem precisei ligar de novo para reclamar e exigir providências. 

* * *

Faltam 15 dias para acabar o inferno astral. Se eu for nomeada nesse prazo, perdoo os machucados/cortes/desmaios do período. 

sábado, 8 de abril de 2017

Inferno astral

Esta semana arrumei um gripão que durou um monte de dias. Aí prendi o dedo na porta. Ontem me cortei raspando as pernas e hoje, para completar, tive uma queda de pressão e desmaiei (e ainda ralei o joelho na calçada, claro).

E eu nem bebo, gente. 

Inferno astral, só pode ser. Espero sobreviver até o fim do mês. 

* * *

Passei mal em um evento cultural (e culinário) em uma escola de alemão, por causa do sol de meio-dia calando e o calor abafado debaixo das tendas. Olha a solidariedade humana: juntou uma turma pra me socorrer, inclusive uma enfermeira e um médico. Me levaram para uma sala fresquinha, me deixaram deitar, me deram camisetas dobradas para eu não ficar com a cabeça no chão, me deram água gelada e ficaram me espiando até eu melhorar.

Melhor atendimento.

* * *

Foi só queda de pressão mesmo, e eu melhorei rapidinho. Já estou pronta para enfrentar os próximos desafios do período.